Os Gatos Mais Famosos da História e da Internet – E o Que Podemos Aprender Com Eles

De Deuses a Memes: O Fascínio Intemporal por Gatos

Poucos animais despertam tanta admiração como o gato. Ícone de elegância, mistério e independência, foi venerado em templos antigos, retratado em obras de arte e hoje conquista milhões como estrela nas redes sociais.

Queres saber o que torna certos gatos verdadeiramente inesquecíveis? Neste artigo exploramos as histórias dos gatos mais famosos da história e da cultura digital. De felinos sagrados a celebridades da internet, cada um transmite lições valiosas sobre convivência e respeito pelos animais. Se está a pensar em dar esse passo, veja também o nosso guia completo para adotar um cachorro em Portugal.

1. Bastet – A Deusa Gata do Egipto

Quem foi Bastet

Bastet foi uma das divindades mais importantes e adoradas da mitologia egípcia. Inicialmente associada à guerra e à força (como deusa-leoa), a sua imagem evoluiu ao longo dos séculos para a forma de uma mulher com cabeça de gato, tornando-se símbolo de proteção, fertilidade, maternidade, música, beleza e equilíbrio.

A presença de gatos no Antigo Egipto estava diretamente ligada ao culto de Bastet. Estes animais eram vistos como guardiões espirituais e protetores contra pragas e más energias. Os egípcios acreditavam que os gatos possuíam uma energia mística capaz de manter a harmonia dentro do lar.

Ter um gato em casa era considerado sinal de nobreza e boa sorte. Matar um gato, mesmo acidentalmente, era um crime punido com pena de morte. Muitos gatos eram mumificados, enterrados com os seus tutores e até adornados com joias. Nos templos dedicados a Bastet, como o de Bubastis, os gatos eram venerados em cerimónias religiosas e tratados como encarnações da própria deusa.

O que Bastet nos ensina nos dias de hoje

• A reconhecer o gato como um ser sagrado, sensível e consciente do espaço que habita
• A valorizar o seu papel como companheiro, protetor e equilibrador de ambientes
• A respeitar a autonomia e inteligência natural do gato, sem tentar moldá-lo ao comportamento de outros animais
• A cultivar uma relação de confiança e escuta com o nosso felino, permitindo que ele seja ele mesmo

Bastet mostra-nos que o respeito pelos gatos atravessa milénios. Ao adotarmos um gato hoje, não estamos apenas a acolher um animal de estimação, mas a perpetuar uma ligação ancestral entre humanos e felinos. Se quiser compreender melhor o comportamento dos gatos, vai perceber como muitos destes traços continuam vivos nos nossos dias.

2. Félicette – A Primeira Gata no Espaço

Quem foi:
Em 1963, a França enviou Félicette numa missão suborbital. Ela sobreviveu, tornando-se o único gato na história espacial. Durante anos, foi esquecida, até que, em 2019, recebeu um memorial oficial.

O que nos ensina:

• Nem todos os heróis são lembrados à primeira.
• Muitos animais são esquecidos nos abrigos — mas têm imenso para oferecer.

Félicette representa os gatos “invisíveis”, que esperam por reconhecimento, cuidado e um lar. Tal como acontece diariamente nas associações de proteção animal em Portugal.

3. Grumpy Cat – A Gata Mal-Humorada Que Conquistou o Mundo

Quem foi:
Tardar Sauce, a gata com uma condição genética rara, ficou viral pela sua expressão carrancuda. Criou um império de memes, livros e até filmes.

O que nos ensina:

• Nem todos os gatos são “perfeitos”.
• A diferença pode ser a força que toca milhões.

Grumpy mostra que mesmo os gatos “menos bonitos” ou com condições especiais podem conquistar o mundo — ou o nosso coração. Tal como acontece com muitos animais que sofrem de doenças comuns em cães e gatos, mas que continuam a ser companheiros incríveis.

4. Keyboard Cat – O Pioneiro da Comédia Felina

Quem foi:
Charlie Schmidt’s Keyboard Cat tocava teclas (com ajuda), enquanto vídeos humorísticos passavam por cima. Foi um dos primeiros virais do YouTube com gatos, em 2007.

O que nos ensina:

• Os gatos têm uma ligação mágica com o humor humano.
• Adotar um gato é também adotar alegria, surpresas e autenticidade.

Gatos não são apenas independentes — são fonte de afeto e diversão genuína. Quem já conviveu com um gato sabe como eles têm comportamentos estranhos e surpreendentes que nos arrancam gargalhadas.

5. Nala Cat – Da Jaula ao Trono do Instagram

Quem é:
Nala foi abandonada e recolhida num abrigo. Hoje tem mais de 4 milhões de seguidores e usa a sua fama para promover a adoção e o bem-estar animal.

O que nos ensina:

• A adoção muda vidas.
• Um gato resgatado pode transformar o mundo — um seguidor de cada vez.

Nala mostra que a origem nunca define o destino. Com amor e oportunidade, qualquer gato pode florescer. Tal como vimos no artigo sobre diferenças entre adotar ou comprar um animal.

6. Garfield – O Gato Preguiçoso que Conquistou o Mundo

Quem é:

Garfield é um gato fictício criado pelo cartunista Jim Davis em 1978. Tornou-se uma das personagens mais famosas da banda desenhada mundial e rapidamente saltou para a televisão, cinema, livros e todo o tipo de merchandising. Com o seu humor sarcástico, amor incondicional por lasanha e ódio às segundas-feiras, Garfield tornou-se um espelho exagerado dos hábitos humanos.

Apesar de preguiçoso, resmungão e egocêntrico, Garfield é também carismático, leal e espirituoso. A sua popularidade atravessa gerações e continua viva, tanto nos media tradicionais como em memes e referências nas redes sociais.

O que Garfield nos ensina

• A rir das nossas próprias manias e hábitos do quotidiano
• A aceitar que os gatos têm características únicas e que nem sempre seguem o que queremos
• A reconhecer o valor do humor e da leveza no dia a dia da convivência com animais
• Garfield não é apenas uma personagem divertida. Ele representa uma forma de ver o mundo com sarcasmo, mas também com aceitação e afeto. É um lembrete de que viver com gatos é uma experiência cheia de surpresas, ritmos diferentes e momentos deliciosamente imprevisíveis.

7. Hello Kitty – O Ícone Felino da Cultura Pop Japonesa

Quem é Hello Kitty

Hello Kitty é uma personagem criada no Japão em 1974 pela empresa Sanrio. Apesar de ter a aparência de um gato branco com laço vermelho, a marca descreve-a como uma menina britânica que vive com os pais e a irmã gémea numa casa nos subúrbios de Londres. Essa mistura de traços humanos com forma felina gerou curiosidade em todo o mundo e contribuiu para a sua popularidade duradoura.

Desde os anos 70 que Hello Kitty representa a estética kawaii japonesa e tornou-se um fenómeno global. Está presente em brinquedos, roupa, papelaria, séries de televisão, videojogos e até em aviões e hospitais temáticos. É um dos rostos mais reconhecidos da cultura pop mundial e simboliza afeto, doçura e companheirismo.

O que nos ensina Hello Kitty

Hello Kitty mostra que a ligação aos gatos vai além do físico. Representa a ternura silenciosa, a empatia sem palavras e o conforto da presença constante. Tal como os gatos que ronronam, comunica com o olhar e os gestos. Ensina-nos que não é preciso falar para tocar corações.

Bónus: Gatos Famosos Portugueses (Sim, temos!)

Portugal também tem os seus felinos de destaque, não pelas suas proezas online, mas pelo simbolismo que carregam na defesa da causa animal.

Pantufa (Palácio de Belém)

Adotado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Pantufa ajudou a dar visibilidade à importância da adoção responsável a partir da residência oficial do chefe de Estado.

Miu (Universidade de Lisboa)

Tornou-se mascote entre estudantes e docentes, provando que os animais podem coexistir de forma harmoniosa em espaços públicos e educativos.

Mikas – O Companheiro de Inês de Sousa Real

Mikas é o gato adotado por Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN. Adotado há mais de 14 anos, Mikas é frequentemente mencionado nas redes sociais da deputada. Esta relação reforça a mensagem de que a adoção é um compromisso para a vida e que cada animal tem a sua individualidade e valor.

Gato Zé – O Gato da Assembleia Municipal de Lisboa

Zé foi um gato comunitário que durante anos viveu nos arredores da Assembleia Municipal de Lisboa. Alimentado por funcionários e vizinhos, tornou-se uma espécie de “mascote institucional”. A sua presença reforçou o debate sobre os gatos comunitários e a sua proteção.

Gatos Universitários – Da Covilhã a Coimbra

Várias universidades portuguesas têm colónias de gatos “semi-oficiais” que vivem no campus e são alimentados por alunos e funcionários. Em alguns casos, como em Lisboa ou Aveiro, há projetos de TNR (captura, esterilização e devolução). Estes gatos, muitas vezes anónimos, são símbolos silenciosos da convivência pacífica entre humanos e animais em espaços públicos.

Estes gatos não são apenas fofos, são vozes (ou miados) simbólicos de uma causa que precisa de ser ouvida.

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